É
próprio do ser querer guardar lembranças, com o objetivo de revivê-las depois. Seja
para contar à posteridade, seja para contar aos filhos e netos, para narrar
naquele encontro de familiares e de amigos ou para ser contada como piada, o
importante é dar mais vida, é tentar eternizar àquele instante que consideramos importante por
algum motivo, ou por motivos vários.
Mas
na prática não é tão simples assim; às vezes, no calor da vivência, pensamos: “isso
nunca esquecerei”, e até já criamos um colorido para contar de forma engraçada.
Mas nem todos os dias é dia santo, daí acontecem outras coisas e esquecemos, o
dia finda, e não contamos a ninguém. Os dias passam e com ele também se vão
aquelas lembranças, que acreditamos que não as esqueceríamos. Às vezes, só
lembramos “encarnação”(muito tempo) depois; aí não sabemos mais para quem
queríamos falar, e por que carregam aqueles sentimentos; nada mais tem as
mesmas cores agora, só sentimos o que não sabemos mais explicar.
Nossa
memória é bem interessante. Às vezes, o que consideramos importante não é o que
lembramos depois; é como se ela tivesse vida própria e os seus critérios de armazenamento
fossem diferentes dos nossos. Sei que existe uma lógica nisso tudo. Talvez o
que nos marque não seja os acontecimentos que pensamos ter valores, que
pensamos ser importantes; é como se nossa mente nos conhecesse melhor do que
nós mesmos.
Às
vezes, fico impressionada o como lembro de banalidades; coisas tão sem nexo de
tempos remotos que acho sem nenhuma finalidade. Enquanto tento lembrar de
coisas que considero importantes e não consigo, ou coisas que foram tão
engraçadas. Sorrimos com tanta intensidade: verdadeiras gargalhadas, aqueles
momentos mágicos que desejamos não ter fim, que buscamos eternizá-los em um
graveto qualquer ali ao alcance da mão; uma folha seca, um grão de arreia que
estaria predestinada a carregar o peso de uma tempestade. Por isso aprendi uma
lição: se quero eternizar um instante, escrevo sobre ele com riquezas de
detalhes. Assim sempre que eu ler saberei exatamente o que senti e vivi; já as
lembranças que considero sem importância aprendi reavaliar e encontrar um
sentido.
Temos na verdade um mecanismo de defesa, em
que ela nos protege às vezes de nós mesmos, nos poupa de certas lembranças para
evitar sofrimentos; também age como mecanismo de diretrizes nos intuindo o
certo e o errado, como um guia universal, nos dando aquela sensação do certo a
fazer. Ela guarda coisas que no primeiro momento não vemos relevância e só em
um segundo momento percebemos como isso funciona e vemos que cada coisa tem uma
finalidade uma razão de ser e estar.
AnnaLírios
Foto de AnnaLírios
Bom Dia, Anna!
ResponderExcluirAdorei a sua reflexão e atualmente uso do mesmo modo que você para guardar memórias: escrever!
Beijocas,
Rebeca Grauer, O Cafofo Literário
Rebeca Grauer, fico feliz que tenha gostado.
ExcluirObrigada por seu comentário e sua visita!!!
Volte sempre!!!
Paz e Luz!!!
Abraços ❤
Esse assunto é meio delicado, mas depois de ler seu texto só tenho a dizer: Ual!
ResponderExcluirAmei Flor!
Fiz um post no meu blog, se puder da uma conferidinha>> http://melissamorei.blogspot.com.br/2016/07/tag-liebster-award.html
É uma tag e indiquei o seu blog.
Melissa Moreira, fico contente por vc ter gostado do texto!!!
ExcluirAdorei vc ter me indicado, estou trabalhando na tag,(rsrsrs) breve postarei!!!
Obrigada pela visita e por comentar!!!
Volte sempre!!!
Paz e Luz!!!
Abraços ❤
Realmente é bem assim...Nossa memória nos surpreende e coisas que queremos lembrar por vezes, esquecemos e o oposto também acontece! beijos, lindo fds! chica
ResponderExcluirOlá Chica, tudo bem?
ExcluirFico feliz com sua visita.
Uma ótima semana para você!!!
Um grande abraço!!!
Volte sempre!!!
Paz e Luz!!!